Feliz Natal, BRASIL

           Comemorar o Natal é fazer memória do nascimento de um Menino arrojado, que nasceu pobre, fugindo das autoridades de sua época. Cresceu e viveu com simplicidade, pregou a paz, o amor, a liberdade. Curou doentes, ressuscitou quem já estava morto, matou a fome das pessoas, mandou dividir os bens aos pobres e oferecer a outra face a quem te bofeteasse, infligiu a Lei do Sábado (a Lei foi feita para o homem e não homem para a Lei – Mc 2,23ss), formou discípulos, fez amigos – e inimigos... e semeou, semeou amor por onde passou e foi condenado pelos sacerdotes e doutores da Lei – e foi chicoteado, coroado de espinhos, pregado no madeiro - e zombaram dele.
Diante do modo de viver de Jesus Cristo, fico a pensar: será que todos as pessoas que se declaram cristãs, sabem mesmo quem foi Jesus e o que o seguimento a Ele nos exige? Às vezes eu acho que se a maioria dos cristãos conhecessem Jesus de fato, teriam vergonha de se declararem cristãos.
Talvez você esteja se perguntado: porque alguém teria vergonha de se dizer cristão? Vou tentar justificar: Jesus não tinha uma “família regular”, era forasteiro, peregrino, não tinha onde reclinar a cabeça, fazia amizade com prostitutas, comia com pecadores... já imaginou se Jesus estivesse aqui hoje, no Brasil, como seria visto por nós, cristãos batizados em nome de Jesus? Esse Jesus seria convidado a sentar-se à mesa conosco ou seria chamado de subversivo, comunista, traidor e afugentado das nossas casas?
Mas, às vezes é melhor esquecer o que o cristianismo exige de nós, montar nossa árvore iluminada e deixar os problemas por conta do Jesus de olhos azuis, cabelos lisos e longos.
Mas e o Brasil? Há! Pra quê limpar o quintal? Deixa a dengue se proliferar. Depois a gente põe a culpa na Dilma e fica tudo certo!
Mas é Natal! E para não fugir do espírito natalino, lembremos que não importa o credo religioso, nem a profissão de fé. O clima do Natal nos convida a uma convivência pacífica, com mais colaboração e menos agressão. Isso é bom para a saúde física e mental, principalmente para o coração. Se durante o ano as injúrias, calúnias, difamações e injustiças ocasionaram atritos, agora é hora de reconciliação e paz. Não a paz da omissão, da passividade ou do “espírito de manada”, que simplesmente segue o fluxo. Mas a paz de quem não se deixa manobrar; de quem questiona, mobiliza e luta pelo melhor para a coletividade.

Feliz Natal pra você, BRASIL e para todos os brasileiros que fazem a paz acontecer!

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